quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Utilização das células tronco na odontologia

As células tronco têm sido tem sido empregadas em diversas áreas da saúde, inclusive na odontologia, visando a formação e a regeneração dental.

Células mesenquimais e polpa dental são fontes de células tronco, que podem diferenciar-se em fibroblastos, cementoblastos, osteoblastos, componentes do tecido conjuntivo e odontoblastos envolvidos na formação da dentina. Para que ocorra tal diferenciação, são necessários alguns sinais, denominados morfógenos, que direcionarão as etapas do desenvolvimento e da regeneração dental. Um dos desafios da engenharia tecidual é desvendar esses sinais e etapas para tentar entender as sinalizações necessárias à reprodução e dentes de substituição. Os avanços das pesquisas com células tronco e a bioengenharia tecidual abrem oportunidades para desenvolver novas terapias, com o intuito de restaurar a integridade estrutural de tecidos dentários.
Células-tronco são células que podem se diferenciar e constituir diferentes tecidos no organismo.As células-tronco podem se dividir em embrionárias (com capacidade de se transformar em praticamente qualquer célula do corpo, com exceção da placenta, sendo encontrada somente nos embriões), e as células-tronco adultas (com capacidade de transformação limitada, em geral restrita ao tecido de onde se originam). A obtenção de tecidos ou órgãos a partir de células tronco denominamos de bioengenharia. A odontologia tem sido uma das pioneiras dentro da medicina e uma das que mais pesquisam nesta área.
Para que a bioengenharia seja possível, é essencial um conjunto formado por células-tronco, uma matriz que funcione como arcabouço para o desenvolvimento do novo tecido ou órgão e de proteínas, denominadas fatores de crescimento, como estímulo para diferenciação celular.
celulas_tronco_01
Células-tronco adultas tem sido isoladas de vários tecidos do corpo humano, incluindo células que constituem os dentes. Células semelhantes à da medula óssea tem sido obtidas da polpa de dentes decíduos (de leite) humanos, possuindo a capacidade de transformação em diferentes tipos de células, como células ósseas (osteoblastos), células gordurosas (adipócitos), células musculares e células nervosas (neurais).
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Utilizando polpa dentária extraída de terceiros molares humanos, detectaram a presença de células-tronco, as quais foram capazes de se transformar em células dentais (odontoblastos) produtoras de dentina. Com a intenção de desenvolver métodos de reposição de dentes humanos extraídos, Duailib e colaboradores em 2004, conseguiram regenerar coroas dentárias de ratos utilizando técnicas de engenharia tecidual. As células foram cultivadas em laboratório, colocadas em moldes com formato de dentes de rato, e implantadas no abdômen desses animais. Após 12 semanas, contatou-se que os moldes haviam sido absorvidas pelo organismo e formado dentes.
O passo seguinte será induzir o crescimento de dentes em seu devido lugar.
Com o progredir das pesquisas nesta área, num futuro próximo, a reconstrução e construção de dentes vivos e gengiva a partir de células-tronco será plenamente possível.
Fonte:http://www.institutosmile.com.br/index.php/entenda-melhor-a-utilizacao-das-celulas-tronco-em-odontologia/

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